segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Gustave Doré

Uma das minhas paixões são as ilustrações dos livros, principalmente dos infantis. Há ilustrações belíssimas, particularmente em livros mais antigos, dos séculos XVIII, XIX e início do sé. XX, com ilustradores únicos, cada um com seu traço próprio como Edmund Dulac, que ilustrou a morte da sereiazinha, A princesa e a ervilha, etc; John Hassal com o patinho feio, George Cruikshank com o pequeno polegar, entre outras estórias; o desenho de traço limpo de Harry Clarke (Pele de asno), o desenho romântico e delicado de Walter Crane (O Rei sapo) e muitos outros e, do meu mais querido Gustave Doré.
Quem gosta de desenho tem que conhecer Gustave Doré; seu talento brotou cedo, ainda na adolescência. Ilustrou os contos de Perrault (A Bela Adormecida, O gato de botas, Cinderela, etc), O inferno de Dante, Dom Quixote de La Mancha de Cervantes de forma brilhante (como eram todos os seus trabalhos!), Gargântua e Pantagruel, de Rabelais, de forma magnífica, e ilustrou ainda outras muitas obras com seu desenho riquíssimo em detalhes, acinzentados, dotados de muita expressividade e arte.
Doré imprimia em seus desenhos a alma dos personagens, como em Dom Quixote, por exemplo, onde salta a vista toda dramaticidade desse personagem tão rico e complexo.
Porém morreu pobre devido à muitas dívidas.
Quem desenha e gosta de desenhar, aqui tem uma dica: buscar nesses extraordinários desenhistas ilustradores fonte para aprendizado e inspiração.
Voltei! Demorou. Tomara que consiga ficar.