domingo, 2 de março de 2008

Eu mosaico, tu mosaicas, ele mosaica


Uma vez vi um mosaico em Madri.

Era belíssimo.

Naquele dia, quando acordei, pensei que seria um dia comum, mas não foi assim, foi um dia especial.

Naquele dia havia um mosaico.

Havia um mosaico no meu caminho.

No meu caminho havia um mosaico. Jamais esquecerei. Ele cobria toda uma parede muito antiga, entrava pelo vão da janela, se espalhava em uma coluna, era arte transbordando sem dó nem piedade por todos os poros da parede e da alma de seu criador.

Não estava esperando, desci uma escada e me deparei direto de frente com o mosaico, e que ousadia, era em vermelho e azul fortes, fortíssimos, só pura COR!

Este mosaico olhava-se com os olhos, mas apreendia-se com o estômago. Ele me entrou pela boca do estômago e se incorporou a minha estória. Era dramático, pungente, visceral, inesquecível. E havia pessoas que passavam indiferentes a ele!

Apaixonei-me a primeira vista. Quem diz que não existe amor à primeira vista não sabe o que diz.

Amei a Espanha e o espanhol que criou esse mosaico. Bendita influência moura, bendito talento espanhol.

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